Já é recorrente a crítica à igreja por sua inércia perante um mundo cujas demandas por paz, justiça e esperança se multiplicam. Com as honrosas exceções de praxe, são muitos, de fato, os cristãos que, mesmo diante da admoestação bíblica, se furtam a demonstrar o amor de Jesus perante a sociedade. Contudo, o filho de Deus tem uma função delegada pelo próprio Cristo a de ser sal da terra e luz do mundo. E essa missão é decisiva, pois dela dependem a vida ou a morte espiritual de muitos. Essa tarefa incomparável não pode ser compreendida pelo mundo, já que as coisas espirituais, conforme as Escrituras, só podem ser discernidas espiritualmente. Se o cristão trabalha com todas as suas forças por projetos meramente humanos, nada será senão mais um indivíduo entre muitos, e seu esforço para pouco terá valido. Todavia, se ele aceita sua função específica como cristão a qual não equivale necessariamente à sua participação material ou efetiva no mundo, então isso poderá ser decisivo não apenas para a salvação dos incrédulos, mas também para a própria história humana.